SER JORNALISTA E CIDADÃO
Soube de fonte segura que algumas pessoas ligadas ao Bloco de Esquerda(BE) e à concelhia do Partido Socialista (PS) de Salvaterra de Magos, já começaram a espalhar boatos e rumores, que eu enquanto jornalista profissional, não posso candidatar-me por nenhuma força política à presidência da Junta de Freguesia da Glória do Ribatejo. Acham essas pessoas, que não é ético eu apresentar-me como candidato, inclusivamente por ter pertencido ao Sindicatos dos Jornalistas Portugueses e ao Conselho Deontológico. Mas afinal um jornalista é ou não uma pessoa? Um jornalista deve ou não exercer um direito fundamental da cidadania que é poder candidatar-se à presidência de uma Junta de Freguesia ou de uma Câmara Municipal? É evidente que sim. E também é evidente que a partir do momento em que um jornalista profissional for eleito autarca, deputado ou ministro, deve automaticamente devolver o seu título profissional na Comissão da Carteira. Isso é que está previsto na lei. Além disso, o Partido Socialista não pode esquecer que sempre teve jornalistas a exercerem funções políticas. Ou já se esqueceram dos nomes de José Saraiva ou Vicente Jorge Silva? O mesmo se passa com o Bloco de Esquerda, que nesta altura tem como cabeça de lista à Câmara Municipal de Amadora, a jornalista Diana Andringa, que durante muitos anos assumiu a direcção do Sindicato dos Jornalistas Portugueses. Começa a ser tempo de reflectir sobre os assuntos da pré-campanha autárquica, antes de os tornar boatos ou rumores. Ou seja, antes de atirarmos pedras para o ar não devemos esquecer-nos que o telhado da nossa casa também é de vidro. José Peixe
Para Comentar: salvaterraefixe@hotmail.com |