OS PRIMEIROS DIAS DO PRESIDENTE MOITA FLORES
Logo após a tomada de posse como presidente da Câmara, Moita Flores dedicou toda a tarde de terça-feira a uma longa reunião com a directora do Departamento Administrativo, Financeiro e de Pessoal. "Foram quatro horas a partir pedra para nos inteirarmos do estado das finanças da Câmara", diz-nos Moita Flores. O gabinete da presidência só será constituído em Janeiro, depois de uma aprofundada análise da situação da autarquia e das necessidades de pessoal especializado nas áreas prioritárias. Para já, o gabinete de Moita Flores resume-se apenas à secretária que o acompanhou na campanha, Luísa Féria, que antes desempenhou funções na Aproder em Santarém. Entre as medidas já tomadas pelo novo presidente, refere-se a dispensa de motorista para as deslocações no concelho e a recolha dos cerca de cem telemóveis que estavam distribuídos pelos funcionários e eleitos, para reavaliar a sua distribuição e diminuir as despesas da autarquia. O presidente da Câmara está a dedicar cada dia a visitar um departamento da Câmara, em visitas às instalações dos serviços nos Paços do Concelho. Moita Flores teve aqui o seu primeiro choque, ao verificar, segundo nos declarou, o "inqualificável quadro de degradação das condições de trabalho dos funcionários da Câmara – trabalham em condições desumanas, em verdadeiras catacumbas". Mesmo o novo edifício do Departamento de Urbanismo, em frente dos Paços do Concelho, "já está cheio de funcionários; as pessoas têm de trabalhar quase em cima umas das outras". "Nem os vereadores a tempo inteiro têm boas condições", afirma Moita Flores, comprometendo-se a levar à próxima reunião da Câmara, já marcada para dia 7, uma proposta para melhorar também as condições de trabalho dos vereadores da oposição. "Esta questão das instalações da Câmara nem faz parte do nosso programa eleitoral, mas penso que é um objectivo unânime encontrar uma solução para o problema", declarou o presidente. Moita Flores mandou fotografar tudo e elaborar um dossier sobre o problema das instalações, para em conjunto com a oposição procurar encontrar uma solução que, segundo nos adiantou, deverá passar pela construção de um novo edifício dos Paços do Concelho. In O RIBATEJO Repórter - «Salvaterra é Fixe» |