A controvérsia das urgências e a “lógica” das medidas
"(...) Na região está principalmente em causa o atendimento prestado aos cerca de 70 mil habitantes dos concelhos de Benavente, Coruche e Salvaterra. O Ministério da Saúde já terá posto de parte qualquer possibilidade de construir um pequeno hospital para servir estes três municípios e parece apostado em avançar para a instalação de uma Unidade Básica de Urgências, sacrificando os serviços de atendimento permanente que ainda funcionam em Benavente e em Coruche.
Segundo os dados divulgados, esta unidade de urgência poderá ficar em Coruche, tendo também em conta que é o concelho mais distante do seu hospital de referência, mas as populações de Benavente e de Salvaterra não se conformam. Pode haver alguma razão na ideia de racionalizar custos, mas estas “boas intenções” caem por terra se não se basearem em argumentos lógicos.
Dizer aos habitantes de Benavente e Salvaterra que percorram 40 quilómetros até à UBU de Coruche e façam, depois, mais 60 quilómetros no sentido contrário, caso tenham que recorrer ao hospital, faz pouco sentido. Ainda mais quando se sabe que as urgências de Vila Franca e de Santarém já estão saturadas e que as estradas de acesso a Coruche estão muito degradadas."
Jorge Talixa / Excerto do editorial do semanário «Vida Ribatejana» |
Sinceramente não dá para perceber esta mudança. A não ser que tenha sido planificada com a nova Região que envolve Vale do Tejo e Alentejo.
Mas seja como for, está na hora dos autarcas da Lezíria do Tejo começarem a bater o pé. Chega de tanta humilhação política.
Há muitos anos que nós somos vítimas na área da Saúde. É por isso que existem pacientes que já optaram por ir a Badajoz fazer intervenções cirúrgicas.
Talvez não seja por acaso.