PEDIR A 2006 QUE PASSE No início de Janeiro, o jornalista do "Diário de Notícias", Luís Miguel Viana escrevia o seguinte: «O melhor que se pode pedir ao ano 2006 é que passe. Não há nenhuma perspectiva agradável no horizonte, a não ser, talvez, a de que os portugueses estejam um pouco melhor preparados para este encontro com a história do que estiveram nos anteriores». «A economia portuguesa está suspensa num estádio intermédio de desenvolvimento. Já saiu, graças à Europa, do subdesenvolvimento dos países atrasados; mas, em vez de se estar a aproximar, afasta-se há sete anos dos países mais desenvolvidos», afiançava Luís Miguel Viana. Sobre José Sócrates, o jornalista limitou-se a escrever aquilo que nós pensamos aqui no "Salvaterra é Fixe": «José Sócrates chegou a primeiro ministro com o país num momento destes. Só tinha duas alternativas: ou adiava o problema um par de anos, como Santana Lopes tentou fazer; ou eo enfrentava. Escolheu enfrentá-lo o que, se se sair bem, não lhe trará muitas amizades, mas assegurar-lhe-á um lugar na história». «Dito desta maneira, parece muito bonito. Mas, como a memória é curta, convém recordar que os "ajustamentos" não são períodos agradáveis. Só se ultrapassam com trabalho e coisas piores. E, mesmo que a maioria acabe por ganhar, uma parte das gerações é derrotada para sempre. Por isso o que se deve pedir a 2006 é que passe», escreveu (e muito bem!), Luís Miguel Viana. |