GOVERNAR PARA A TELEVISÃO "Fazem legislação para as sondagens. Tomam medidas para mostrar trabalho feito. São peritos em encenação. Vivem obsecados com a propaganda. Anunciam a ideia, anunciam o projecto, anunciam a correcção, anunciam a revisão, anunciam o concurso, anunciam a adjudicação, anunciam a decisão prévia, anunciam a nova correcção, anunciam a primeira inauguração, anunciam a segunda inauguração...
As sua decisões servem para afirmar autoridade, sem que o seu conteúdo ou a sua bondade tenham qualquer relevo. Fazem obra para criar emprego, satisfazer os amigos, colocar os correligionários e gastar dinheiro. Como disse o bastonário da ordem dos Engenheiros, Fernando Santo, o Governo tem cada vez menos capacidade técnica e científica para preparar e tomar decisões. Os ministros confiam nos amigos, no partido e nas empresas complacentes e desprezam as opiniões técnicas e independentes. Os directores gerais e os presidentes de institutos têm de ser de confiança política, também eles trabalham para as eleições. E o parlamento? Poderá perguntar-se. Esse vive em sabática competência. E em jejum de qualificações. Só nos resta acreditar no aforismo: quem governa pela propaganda pela propaganda morre". António Barreto, in "Público", 20/01/08 p.45
NOTA: Então Pardaloca e que tal?! O António Barreto também tem a mania da perseguição? Olha que não minha linda. Tu é que te habituaste a comer da gamela. |
Mas o que é que nós fizemos de tão ERRADO, para levar com estes “profetas”?
Isto só pode ser castigo.