EUGÉNIO DE ANDRADE: UM POETA DO POVO
A Poesia Lusitana vai sentir a sua falta.
Segundo a Agência Noticiosa LUSA, morte de Eugénio de Andrade foi hoje assinalada com pesar por destacados escritores e políticos, que o enaltecem como «um dos grandes poetas do século XX» e uma «grande personalidade» das letras. Para o professor e ensaísta Arnaldo Saraiva, que é também presidente da Fundação Eugénio de Andrade, foi «um poeta maior» que «celebrou a vida de forma sempre empenhada, mas com profunda consciência da fragilidade da vida». O poeta, que morreu esta madrugada no Porto, com 82 anos, «soube tirar partido das palavras, para falar do amor, da natureza e da importância de tirar o partido possível da vida», acrescentou. Nas palavras do também ensaísta Eduardo Lourenço, Eugénio de Andrade "introduziu uma espécie de exigência musical na nossa poesia e foi um dos grandes poetas do século XX". "Um grande poeta, um dos raros que considero um grande poeta" foi como Agustina Bessa Luís se referiu ao seu amigo de longa data, cuja presença «não se apaga, porque deixa uma obra». Outro portuense, Mário Cláudio, o romancista e dramaturgo vencedor do Prémio pessoa 2004, destacou o «grande vazio» deixado pelo poeta e sublinhou «a grande lição de tenacidade e rigor» da obra que deixou. Para o poeta e político Manuel Alegre, Eugénio de Andrade foi «um grande poeta do amor» que «usava uma linguagem luminosa" e versos "que muitos de nós sabemos de cor». |