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| sexta-feira, setembro 16, 2005 |
| O ANIMADO DEBATE ENTRE CARMONA E CARRILHO |
 ENGENHEIRO ESMAGA FILÓSOFO
É pena o concelho de Salvaterra não ter um órgão de informação que tome a iniciativa de fazer um frente-a-frente entre os candidatos à Câmara Municipal. Acreditamos que, bem moderado, o debate seria bastante elucidativo acerca das medidas e dos projectos que cada cabeça de lista tem para apresentar aos olhos do eleitorado.
Resta-nos, por isso, a consolação de irmos assistindo aos debates que têm lugar na SIC Notícias. Como o de ontem à noite, entre Carmona Rodrigues (o candidato independente que conta com o apoio do PS) e Manuel Maria Carrilho (o candidato socialista). A troca de argumentos e o constante atropelo nas intervenções de cada um não ajudou muito, mas, ainda assim, deu para perceber o que os lisboetas podem contar.
Carmona manteve uma aparência calma, fartou-se de esboçar sorrisos por cada medida enunciada pelo candidato socialista e deu uma lição de «engenharia» ao filósofo. A tal ponto que - farto de ouvir falar em projectos - Carmona questionou Carrilho: "o senhor por acaso sabe em quantas fases se devide um projecto?!". Manuel Maria Carrilho engasgou-se, gesticulou e atirou meia dúzia de palavras ocas. Sem nunca, de facto, ter respondido à questão.
Quanto à postura de Carrilho, esperava-se muito mais. O candidato levou quilos de papéis, perdeu-se nas ideias e convenceu-se demais ao repetir inúmeras vezes que iria ganhar a Câmara de Lisboa. Desde os tiques (em ajeitar constantemente o casaco, o que foi um factor de distracção) até ao mapa do túnel do Maruês (que, no desenho de Carrilho, parecia começar em Oeiras), o antigo secretário de Estado deixou muito a desejar.
NOTA FINAL - Revelando um comportamento pouco ético e educado, Carrilho recusou apertar a mão a Carmona Rodrigues, no final do debate. Mas nada que seja surpreendente, uma vez que o candidato socialista é um homem de contrasensos: primeiro, resolve esconder o filho das objectivas dos fotógrafos (nem que, para isso, tenha de recorrer e métodos menos próprios).
Depois, faz questão que o filho apareça, ao lado de Bárbara Guimarães, em tudo o que é revista cor-de-rosa. É por estas e por outras que os lisboetas jamais querem um homem do PS na Câmara de Lisboa.
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Postado por José Peixe @ 10:11   |
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