terça-feira, outubro 11, 2005 |
«FORCADO AMADOR» - OPINIÃO COM "FARPAS" |
Exclusivo - «Forcado Amador» À CONVERSA COM «PAMPILHO»
Após meses e meses de negociações, o «Forcado Amador» conseguiu chegar à fala com o célebre «Pampilho». Publicamos, de seguida, uma entrevista de última hora realizada em plena Barragem de Magos, onde o «Pampilho» mastigava uns apetitosos "estilhaços" de pasto esverdeado. Revelando boa educação, o «Pampilho» não falou de boca cheia e deixou-se posar para a objectiva do «Forcado Amador». Eis, finalmente, as revelações que todos esperavam.
FORCADO AMADOR (FA) - Quem é, no fim de contas, o «Pampilho»? PAMPILHO (P) - O Pampilho é uma grande vaca. Uma vaca leiteira campeã de produtividade, entenda-se. Que, logo em bezerra, mereceu cuidados especiais por parte do respectivo criador.
FA - Mas és uma vaca com capacidades especiais? P - Sou... posso dizer que sim. Reconheço que tenho alguns traumas de infância por não ter nascido touro. Esse era o meu sonho. Aos 2 anos, eu destacava-me da manada por causa da minha insistência em dar constantes cornadas - tanto na cerca, como naqueles que ousavam em se aproximar de mim. Mas depressa percebi que a única coisa que tinha para dar ao mundo era leite. Nada mais do que isso.
FA - Nos últimos meses, o teu reconhecimento fez-se através do site que criaste. Como é que nasceu esta ideia? P - Digamos que tinha algum tempo livre entre a pastagem da tarde e a ordenha da noite. Tomei, por isso, a liberdade de avançar com o projecto na internet assente num princípio: o do humor. Como também achei piada aos candidatos à presidência da Câmara de Salvaterra de Magos, juntei o útil ao agradável. E assim nasceu o «Pampilho», essa pérola corrosiva que provoca boas gargalhadas a quem por lá passa.
FA - Qual é o segredo do teu sucesso? P - Talvez sejam os meus tetos. Aliás, a qualidade do meu leite...
FA - [interrompendo] ...não, não. Estava a referir-me ao teu sucesso enquanto humorista. P - Ah!... isso. Sinceramente, é um processo natural que advém do facto de ter tido uma infância feliz. Também em muito contribuiu o facto de me ter cruzado, ao longo de anos e anos de pastagem , com vacas da todas as espécies e feitios. E, depois, temos a sorte de apanharmos, de vez em quando, com bois verdadeiramente sábios. Daqueles que não se limitam apenas a fazer a cobrição.
FA - Os teus leitores denotam algum "fetiche", da tua parte, pelo Nuno Antão. Isto tem alguma razão especial? P - [após algum silêncio] ...se isso acontece, é algo inconsciente. Nas minhas crónicas, tento sempre ser plural, dando voz a todos. Mas confesso que o Nini me é especial. Ocupa, de facto, um lugar no meu coração. Mesmo sem nunca nos termos cruzado, a verdade é que admiro gente com espírito de iniciativa. E que têm sorte. E que são loiros. E que...
FA - E o que tens a dizer sobre o resultado das eleições? Esperavas que a Anita tivesse tantos votos? P - Esperava, esperava! Até porque a Anita teve a sorte de ter uma verdadeira máquina de marketing por detrás da sua candidatura. Basta ver a quantidade de informação que circulou no blogue «Obra Feita». Eram actualizações de hora a hora.
FA - E agora, o que podemos esperar de ti? P - A mesma ironia, a mesma alegria e a mesma qualidade de leite a que já habituei. Não passo de uma vaca humilde, que passa os dias a divagar por vales e montes. Quero apenas que me deixem ser feliz. A propósito... está na hora da cobrição. Se me dão licença, a minha hora está a chegar. Sugiro que continuemos a conversa noutra altura.
Assina o saudoso «FORCADO AMADOR» |
Postado por José Peixe @ 12:47 |
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