domingo, fevereiro 19, 2006 |
Um Poema para este Domingo |
POESIA
Não te quero trair Com palavras cansadas Abstracta presença No seio da concreta natureza, Voz de pureza No silêncio imundo, Luz que nas madrugadas Anuncias mais luz, Rigor da imprecisão, Nenhum verso traduz Sequer A doce melodia do teu nome Por isso, quando todos os sentidos Te desejam visível, figurada, rasgo dentro de mim o véu De não sei que lonjura, E fico a namorar a curvatura Da linha desenhada Pelo gume do céu A cortar a planura Imaginada...
Miguel Torga Coimbra, 6 Julho de 1963 |
Postado por Anónimo @ 14:43 |
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