NÃO HÁ MEMÓRIA DE UMA COISA ASSIM

Quando a Anita venceu as Eleições Autárquicas pela primeira vez, confesso que ainda acreditei que ela fosse capaz de levar por diante todas as reformas que tinha reivindicado ao longo de muitos anos, como líder da oposição.

Achava que ela estava determinada em acatar as orientações do PCP e que podia fazer de Salvaterra de Magos um concelho exemplar do ponto de vista autárquico.

A verdade é que as mudanças não se verificaram e pior do que isso, a Anita conseguiu revelar a outra face que eu desconhecia. Ou seja, eu que a julgava uma mulher liberal, democrata, dialogante e capaz de escutar os adversários políticos com respeito, passei a conhecer uma outra Anita. Uma Anita arrogante, ditadora, egocêntrica, perseguidora e pouco dialogante. Uma Anita perigosa do ponto de vista político.

No segundo mandato, ficou provado o seguinte: a mulher que lutara durante muito anos contra os executivos socialistas de António Moreira e Gameiro dos Santos, estava disposta a impôr um regime ditatorial em Salvaterra de Magos e a apostar numa propaganda enganosa. Afinal de contas as vivências estalinistas tinham servido para qualquer coisa.

E foi durante o segundo mandato da Anita que alguns trabalhadores da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos sentiram na pele os efeitos da perseguição política. Eles foram afastados das suas funções técnicas e profissionais. Foram isolados e maltratados.

Este período também serviu para mostrar quem era a mulher que liderava o executivo camarário: desconfiada por natureza e apostando no quero, posso e mando. Conseguiu criar ilusões laborais em muitas famílias do concelho, endividou ainda mais a autarquia, organizou festanças e passeios da "treta" para a Terceira Idade e vendeu uma imagem de cinderela.

O povo aderiu a este conceito de governação e a Anita preparou-se para "atacar" mais um mandato. É verdade que perdeu alguma pujança política nas últimas eleições, mas acabou por permanecer na presidência de um município que se encontra asfixiado politica e economicamente.

Dá para perceber que a única preocupação da Anita neste momento é zelar pela sua reforma choruda. Quanto ao resto é apenas música celestial. Mais nada.

Quando é que os eleitores de Salvaterra de Magos conseguem perceber isto?
Talvez um dia...
Só espero que não seja demasiadamente tarde.

OBSERVAÇÃO:

Muitas das obras que Ana Cristina Pardal Ribeiro fez no nosso concelho só foram conseguidas graças aos executivos socialistas. Foram eles que apresentaram os projectos para se conseguir apoios comunitários.