O REGRESSO DE JOSÉ SÓCRATES
«O primeiro-ministro chegou de férias e deve ter de imediato sentido um forte desejo de regressar à serenidade da savana. Não apenas porque à sua espera estava uma maré de incêndios que ameaça transformar o Verão num segundo capítulo da tragédia de 2003. Depois, porque encontrou o PS profundo envolvido no seu hobby favorito - a intriga. A seguir, porque pôde constatar que a economia portuguesa está condenada à estagnação em 2005, no melhor dos cenários, ou poderá até chegar ao final do ano em recessão. E tirou todas as dúvidas sobre o estado de espírito do país com a revelação do indicador de clima económico do INE (Instituto Nacional de Estatística), que coloca a confiança dos agentes ao nível dos primeiros meses de 2004. Para um Governo que elegeu o relançamento da economia como a primeira das prioridades, os dados conhecidos neste pico de Verão não podiam, de facto, ser piores». MANUEL CARVALHO
in "Público" 23/08/05 p.5
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