sexta-feira, setembro 16, 2005 |
«FORCADO AMADOR» - OPINIÃO COM "FARPAS" |
Sentido de humor e devassa da vida privada «GADO BRAVO»
Setembro anunciava-se como um mês repleto de faenas e perigosas corridas de touros. Já aqui o tinha dito. Confesso que o meu campo não é o político nem tenho vocação para tal. Também não tenho jeito para lições de moral, até porque a vida escolar nunca me fascinou (em boa verdade, cedo despertei para a dureza do mundo do trabalho, andando na monda do arroz do pôr ao nascer do sol e ganhando o bastante para comer uma carcaça ao pequeno-almoço e outra à ceia). O gosto pela tourada está-me nos genes. Herdei a tradição da família e, mesmo em pequeno, passei parte da vida dentro da praça de touros. Sempre me impressionaram a bravura do gado, a posse encantadora dos animais dentro do recinto e a coragem daqueles homens que, ali dentro, enfrentam o próprio destino. Aqui há tempos, eu (um «FORCADO» que, de uma vez por todas, nada tem a ver com o Zé Peixe) escrevi nesta coluna que, à medida que se ia aproximando o dia 9 de Outubro, a faena iria estar ao rubro. Infelizmente, não me enganei. Os mais atentos já se deram conta que a discussão política em Salvaterra extravassou o humor, atalhando por caminhos pantanosos relacionados com a devassa da vida privada. O sentido de humor, praticado de uma forma saudável, é reflexo dos tempos modernos e só é possível graças ao histórico 25 de Abril. Decorridos pouco mais de 30 anos, ali naquele cantinho banhado pelo Tejo, que é Salvaterra de Magos, descobre-se, afinal, que há gente sem escrupúlos capaz de tudo para derrubar o próximo. Gente que, em tempos, se afirmou cheia de causas e ideais. Gente que foi apoiada por pessoas ingénuas (sabemo-lo agora). Gente que se acopolou aos poderosos, fazendo parte de um sistema onde reina o clientalismo. Sabendo que não podem ir mais longe, vivem os dias a contar as fortunas que ganham, inerentes às geniais funções para as quais foram recrutados. Pior do que isso: invejando até o mal alheio, tudo fazem para denegrir a imagem dos outros. É o «vale tudo» numa luta ensanguentada (e perfeitamente dispensável). Mas eles são assim, o que se pode fazer? Que se divirtam, então, a criar rumores e boatos. Como se não bastasse a «politíca do betão», eis que, agora, outras personagens surgem no horizonte, praticando a «política do corte e costura». O que vale é que o prazo de validade termina já a 9 de Outubro.
Assina o saudoso «FORCADO AMADOR» (que não faz parte da plebe e que se vai fartar de rir na grande noite de 9 de Outubro...)
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Postado por José Peixe @ 16:45 |
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