terça-feira, outubro 17, 2006 |
Construindo |
Parto de um ponto comum com os bloggers Salvaterrenses: todos nós acreditamos que Salvaterra podia estar muito melhor do que o que está, e todos nós acreditamos que o actual executivo tem sido incapaz de construir um concelho melhor. Certo?
Bem. Agora, sejamos construtivos.
Porque penso eu que Salvaterra poderia estar melhor do que o que está? Quais são as dificuldades e os problemas existentes na vida do nosso concelho? O que tem feito, e o que não tem feito o actual executivo para construir um concelho melhor?
Conjuntura económica: o país está em crise, todos o sabemos. Não é que se esteja a desfazer o tecido produtivo, simplesmente não há crescimento económico, o que, no actual sistema capitalista baseado no crescimento económico, é mau. Salvaterra não escapa à crise. O desemprego é elevado. Os salários são baixos. O solo industrial é escasso e o que existe anuncia-se a preços exorbitantes. A especulação imobiliária é algo que chegou tarde, mas veio para ficar. Com a A13 todo o território do concelho se tornou apetecível para os depradadores do costume, os que vivem de especular e não de produzir. Assim que, a nível da conjuntura económica, estamos mal. Para agravar esta situação, a CMSM não tem dinheiro, fruto do excelente trabalho do Nuno Antão como deputado da nação ao serviço da nova maioria rosa. Nuno Antão é mesmo uma vergonha nacional. O PS, bloqueando as verbas do Orçamento para Salvaterra, ajuda assim o seu clã de Salvaterra a combater o poder da Anita. Relembremos: a verdadeira oposição faz-se construtivamente, apresentando alternativas, tal como vai fazendo, aos pouquinhos, o Vasco Feijão. Se queremos ser alternativa de poder, e digo queremos por me incluir na oposição, teremos que ser inteligentes, não basta a esperteza. Como dizia, uma CMSM sem dinheiro não ajuda em nada. Lembremos que o que interessa é bem servir os Salvaterrenses. Em primeiro lugar os interesses de Salvaterra, e não os político-partidários.
O que pode fazer a CMSM para combater esta conjuntura desfavorável?
Mobilizar a população, acordar com a oposição novas formas de trabalho autárquico, desenvolver a democracia participativa, chamar os cidadãos à sua responsabilidade, escutar as opiniões contrárias e tentar percebê-las. Passear a pé pelo concelho, falar com as pessoas. Observar in loco os problemas da gente, discutir ideias, tentar pô-las em prática. Reunir-se com os funcionários do município, falar com eles, escutá-los. Sobretudo escutar e tentar perceber que em nove anos muitas coisas mudam.
Percebo o que escreveu José Peixe sobre a entrevista, de há nove anos, que este publicou n'A Capital. Percebo e sinto igual tristeza.
A coerência está na construtividade, caro alcaide-torrejano.
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Postado por Anónimo @ 11:43 |
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