QUANDO UM POETA DE ESQUERDA SE DESILUDE COM OS SOCIALISTAS
«(...) Sei muito bem que estou sozinho. Mas enquanto me bater a guerra não está perdida, ainda que se perguntassem que guerra é eu não soubesse ao certo responder. Diria talvez que é a guerra de um homem no meio do seu quadrado. Um homem que se bate, talvez em sonho, porque tudo se calhar é um sonho. Sonho de um sonho, lembro-me de ter lido algures. Que importa? Sonho ou não, eles aí estão, tenho de defender o meu quadrado, não há outro sentido senão este, lutar até ao fim,um homem não se rende,não seria bonito, seria, aliás, se mepermitem,uma falta de educação,uma grande falta de educação». Manuel Alegre in "Expresso", 30/07/05 P.10
NOTA: E se calhar o poeta de Coimbra tem mesmo razão. Se calhar tudo isto que se vive presentemente no nosso país, não passa de um sonho. «Um sonho de um sonho», que poderá transformar-se num pesadelo. |