OS PADRINHOS No filme "O Padrinho" (uma verdadeira obra-prima do cinema) de Francis Ford Coppola, Marlon Brando desempenha o papel de Don Vito Corleone, o chefe da Mafia nova-iorquina. Uma mafia que tinha tentáculos e influências por tudo o que era sítio.
Aliás, Don Vito Corleone (Brando, vencedor do Óscar de Melhor Actor) representa um dos mais poderosos membros dessa mafia nova-iorquina (embora com as inevitáveis raízes italianas) que começa a pensar em retirar-se dos negócios obscuros e passar todo o seu património para o seu filho Michael (Al Pacino, num primeiro papel de destaque que esteve para ser de Burt Reynolds, Robert Redford, Alain Delon e Warren Beatty).
A transição não é fácil porque a arte de liderar o lado corrupto da lei possui uma série de subtilezas personificadas na postura monumental de Don Vito Corleone, que se vai apagando ao longo das três horas de filme.
Mas o que tem a ver o filme de Francis Ford Coppola com o concelho de Salvaterra de Magos? Nada. Serve apenas para fazer algumas comparações. Ou seja, serve apenas para esclarecer que no nosso concelho existem algumas individualidades que na realidade se aproximam de Don Corleone.
São pessoas com muitas influências nos corredores do poder político em Lisboa que adoram ser bajuladas publicamente. São os Padrinhos à moda de Salvaterra.
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“É dever do homem justo fazer guerra a todo o privilégio não merecido, na certeza de que se trata de uma guerra sem fim”.
Primo Levi (1919-87), escritor e cientista italiano