Vinho e amêijoas de Lisboa
Sá Fernandes – o tal Zé que fazia falta à CMLisboa, propõe como medidas de combate ao buraco financeiro da Câmara de Lisboa, a produção de vinho e azeite na Tapada da Ajuda e a "apanha" dos bivalves, assim como a pesca das corvinas do Tejo para venda???
Pronto, como Salvaterra de Magos é (des)governada pela mesmo bloqueio politico e também tem uns “problemazitos” de guito, tá-se mesmo a ver que estas «ideias criativas» podem vir a ser aproveitadas e implementadas no concelho.
O “salvaterraefixe” auscultou os sectores de actividade que podem ser abrangidos por estas políticas tolas, arquitectadas por gente insensata que mereciam era levar uma…
Contactou-se as adegas do concelho e estas mostraram-se preocupadas em relação a este assunto. Acham isto concorrência desleal e afirmam que a Câmara fica em vantagem porque tem pessoal mais qualificado??? (para recorrer aos fundos comunitários???). A gerência do lagar de azeite, não quis prestar declarações, mas em off evidenciou também algum desassossego.
Quem ficou radiante com a ideia foi os pescadores de toda a margem esquerda do concelho (especialmente o Escaroupim). Já foi iniciado a marcação de pesqueiros desde a ponte do comboio em Muge, até à praia doce, para alugar aos interessados na pesca da fataça e outras espécies que abundam por este rio acima.
A grande dúvida de momento é decidir onde vai ser a lota. A população do Escaroupim já fez saber que são eles que tem direito ao entreposto comercial (alegam que é a fotografia do local que saí sempre nos prospectos relacionados com o rio, acho bem). A outra alternativa é na marina, mas os donos dos iates ameaçam levantar ferro se isso acontecer (lá se vai uma grande fonte de receita). Os turistas também não acham a ideia boa, porque aquela zona é por excelência um belo local para passear com a família, ao final da tarde e aos fins-de-semana.
Esta tarde no poço da roda, este assunto já era tema de conversa e alguns reformados não acharam muita piada a isto. Falam que se a lota for para o Escaroupim, os almoços da Câmara deixam de ser tão sossegados e alguns até disseram que se isso acontecer, até podem trocar o habitual frango pela fataça. Ainda lhes tentei explicar que o peixe é melhor porque tem ómega 3, mas eles preferem a galinha e o boné. |
É pena esta notícia só agora aparecer. É que já parti o patamar, arranquei a vinha para por eucaliptos e as três oliveiras que haviam no meio da vinha, a esta hora estão num jardim qualquer (não que as tivesse dado, alguém antecipou-se).
Mas já foi ver à arrecadação e ainda lá está, a velha cana (usada no sabadoiro) com a guita de atar chouriças, bóia de cortiça (feita à navalha) e o anzol (feito do arame da rede da galinheira). As fataças que se cuidam que isto vai ser um frenesim. Até o tareco já anda só atrás de mim, assim que viu a cana.