terça-feira, agosto 14, 2007 |
FOSSO |
Fosso entre ricos e pobres Neste país de exibicionistas e ladrões, o fosso entre ricos e pobres atingiu uma dimensão inédita. «Portugal não pode continuar a ser um dos países europeus em que a pobreza e a desigualdade entre os que trabalham é maior». Esta afirmação consta do programa do Governo, mas os mais recentes dados estatísticos sugerem que o País detém e vai continuar a deter aquele que é um dos recordes menos cobiçados do mundo desenvolvido. Contrariando a tendência europeia, Portugal é hoje não apenas o «campeão», mas também o Estado-membro da União Europeia onde as disparidades de rendimento mais se acentuaram nos últimos anos. Portugal apresenta rendimentos mais de oito vezes (8,2) superiores aos dos 20% mais pobres, enquanto que na UE a distância não chega a ser multiplicada por cinco. Ou seja, o fosso que separa ricos e pobres neste jardim à beira-mar plantado e cada vez mais mal frequentado é quase duas vezes mais profundo do que na Europa.
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Postado por F.M. @ 12:05 |
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3 Comments: |
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a partir do momento em que não há uma aposta clara na educação a tendência de alargamento deste fosso manter-se-á. as políticas de educação assumidas nas últimas décadas, foram demasiado más. não houve (nem há) um rumo ou um objecto na educação.
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Concordo plenamente contigo Ghé. Mas meu caro, vives num país que não “entende” que o tempo está mais curto, que o espaço encolheu e que as fronteiras pulverizam-se. E mais (por falares em educação), se olharmos para os métodos das ciências sociais e da educação/formação de adultos (nem sequer vou falar do ensino obrigatório, senão chega o Natal e nós aqui), que se insiste em continuar hoje a usar para ajudar as pessoas a lidar com estas mudanças científicas aceleradas, veremos que eles se fixam ainda em muitas ideias e métodos dos anos 50 e 60. Acho eu que o problema centra-se exclusivamente na qualidade ordinária (para não dizer outro palavrão) dos merdas que elegemos. Em jeito de apontamento e relembrando um grande político: “Nem sempre podemos construir o futuro para a nossa juventude, mas podemos construir a nossa juventude para o futuro.” Franklin D. Roosevelt (1882 – 1945) Presidente norte-americano.
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a partir do momento em que não há uma aposta clara na educação a tendência de alargamento deste fosso manter-se-á.
as políticas de educação assumidas nas últimas décadas, foram demasiado más. não houve (nem há) um rumo ou um objecto na educação.