Quando as câmaras não se entendem...
Sousa Gomes, presidente da Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo (CULT), já disse que é "difícil" o entendimento entre as 7 autarquias que integram a «Águas do Ribatejo» e os municípios de Santarém e do Cartaxo. Em causa está o facto de Santarém e do Cartaxo terem optado por criar sistemas independentes, obrigando a uma reprogramação da candidatura ao Fundo de Coesão. Na prática, a «Águas do Ribatejo» e os restantes dois municípios terão de encontrar um consenso que viabilize o acesso a fundos comunitários para investimentos na área do saneamento básico.
Apesar de se mostrar receptivo ao estudo de alternativas, o presidente da CULT já adiantou que não vê grandes possibilidades de êxito. Sousa Gomes esclareceu também que a candidatura reprograma pela CULT já foi entregue em Junho, em Bruxelas, e não vai ser retirada.
O leitor está confuso? Nós, por cá, também. Há anos que andamos nisto e ninguém se entende acerca da «Águas de Portugal». Não se compreende como é que Santarém e o Cartaxo puderam ficar de fora de um projecto lançado pela Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo. O problema terá sido destes dois municípios? Ou serão os restantes 7 que estão errados?
Uma coisa é certa: há freguesias que estão dependentes dos fundos comunitários. Se nada ficar decidido até final de Dezembro, as câmaras arriscam-se a perder financiamento para o saneamento básico. Esgotos, por exemplo. E pensar que ainda há freguesias que não sabem sequer o que é uma conduta de esgoto...
Por Markliano |
Meu caro Markliano é bom saber que você tem a coragem de abordar esta matéria neste espaço. É que a maioria dos nossos autarcas, infelizmente, não estão habilitados para tratar do Saneamento Básico nas suas terrinhas.
E sabendo nós que a água é um bem mais precioso que o petróleo nos próximos anos.