O RIO ALVIELA AINDA NÃO ESTÁ MORTO A Câmara Municipal de Santarém tem pronto um estudo ambiental do ecossistema do Alviela, o qual, pela primeira vez, inventaria todas as fontes de poluição do rio e aponta uma estratégia de actuação, disse fonte da autarquia à agência de notícias LUSA. Maria João Cardoso, chefe da divisão de resíduos e promoção ambiental da Câmara Municipal de Santarém, disse à agência Lusa que o estudo, que juntou um conjunto de especialistas de várias áreas e será apresentado publicamente no início de Fevereiro, permitiu mostrar que o rio "tem capacidade de regeneração". "O rio não está morto", disse, frisando que "se o rio está do nosso lado" há que trabalhar para que haja uma diminuição das descargas poluentes que impedem a regeneração do Alviela. O estudo foi feito por uma equipa que, pela primeira vez, juntou especialistas de várias áreas - biólogos, geólogos, engenheiros do ambiente, químicos -, que identificaram todas as fontes poluidoras e analisaram o rio "como um ecossistema". Reconhecendo que o dedo é sempre apontado ao deficiente funcionamento da estação de tratamento de águas residuais (ETAR) de Alcanena, que trata os efluentes das indústrias de curtumes, Maria João Cardoso afirma que o estudo veio provar "o que todos já sabiam" ao identificar outras fontes poluidoras. É o caso das suiniculturas, boviniculturas e aviários existentes ao longo do curso de água, disse. |