quinta-feira, agosto 04, 2005 |
«FORCADO AMADOR» - OPINIÃO COM "FARPAS" |
Análise de um discurso TODA A VERDADE
Deixemo-nos hoje de rodeios e passamos ao que realmente interessa. As palavras de Ana Cristina Ribeiro roçam a mentira e, até agora, NÃO houve uma única voz da oposição a «desmontar» o discurso do último sábado. Vejamos os factos:
«(...) [para apresentar a lista de canditados às Juntas de Freguesia] escolhemos um lugar de grande referência e simbolismo – a Estação da CP de Marinhais – agora recuperada e integrada no nosso património histórico». A Estação da CP esteve anos e anos ao abandono. Como foi possível, já que, nas palavras de Anita, ela faz parte do património histórico?! O que é hoje recuperado, amanhã ficará esquecido. Basta recordar o aspecto actual do Museu Agrícola de Muge, a céu aberto, que se transformou num monte de ferro destruído pela ferrugem e minado de ervas daninhas. Daqui a algum tempo, a estação de Marinhais estará no mesmo estado. Alguém conhece possíveis utilizações para o local?!
«(...) queria transmitir-vos, também ao Presidente da Junta de Glória que não se recandidata, que foi uma enorme honra, um enorme orgulho ter trabalhado convosco durante estes quatro anos, ao longo do mandato que agora termina». Aposto que a pessoa em causa não pensa o mesmo. Justamente por reconhecer a postura da Anita, o actual presidente da Junta da Glória não se recandidata. Ana Cristina Ribeiro prefere amenizar tal facto com palavras doces. Mas os elogios jamais poderão silenciar o verdadeiro sentimento do presidente. Que, apesar de tudo, fará um esforço para ficar na lista para a Câmara Municipal...
«(...) um futuro construído de forma harmoniosa e sustentável, com respeito pelos valores ambientais e uma profunda preocupação social, sem excluir desse progresso as populações mais desfavorecidas e marginalizadas». O que é feito da Barragem de Magos? Alguém conseguiu justificar o aparecimento de estranhas algas que contaminaram as águas da barragem? Alguém saberá se continuam a ser feitas descargas das suiniculturas perto do local? Com que frequência têm sido avaliados os parâmetros da qualidade da água? Saberá Ana Cristina Ribeiro que há pessoas que consomem peixe da Barragem de Magos? Por aqui se vê o respeito pelos valores ambientais e a profunda preocupação social da autarca...
«(...) respeito pelos princípios, pondo os interesses do concelho acima de tudo, em contraste com os péssimos exemplos que vemos por todo o lado». Porque razão a PJ investiga a autarquia de Salvaterra? Alguém sabe das irregularidades que sistematicamente têm atropelado o que está definido no PDM? Quem controla a atribuição de licenças camarárias para construção? A troca de favores pode ser mais evidente do que aquilo que se pensa. Como diz a própria autarca: os péssimos exemplos, esses, vêmo-los «por todo o lado». Até em Salvaterra, dizemos nós.
«(...) Respeitamos as outras candidaturas e queremos que haja debate democrático e vivo em torno de propostas e alternativas». Como pode haver debate democrático se Ana Cristina Ribeiro impede o acesso à informação a certos órgãos de comunicação social? Como pode haver debate se Anita, até hoje, fez "orelhas moucas" a tudo o que tem sido escrito sobre a sua gestão camarária? "Falinhas mansas" e ignorância não desculpam nada.
«(...) O salto qualitativo que o nosso concelho deu em oito anos só não o vê quem não o quer ver». Anita mente. Não há salto algum e muito menos qualitativo.
«(...) A nossa estratégia, a que é necessária, é a aposta na qualificação do nosso concelho e das nossas gentes. Actividade económica de qualidade e sustentável, em particular no que concerne ao turismo, só se pode desenvolver onde exista vida com qualidade». Não há turismo em Salvaterra de Magos. A zona ribeirinha tem sido subaproveitada. Os concheiros de Muge (o exemplo mais expressivo em termos de património histórico) não passam hoje de um pedaço de terra cheio de conchas partidas e muito pó. Como podemos falar em qualificação se vivemos num concelho cuja principal actividade económica continua a ser a agricultura? Como podemos falar em qualidade de vida se a população está envelhecida, vive daquilo que a terra lhes dá, se a média salarial é das mais baixas do distrito e se continuamos dependentes do sector terciário?
«(...) O saneamento básico progride, a rede viária já tem mais estradas asfaltadas, temos mais espaços desportivos, culturais e de lazer, escolas e jardins-de-infância condignos». Ana Cristina Ribeiro fez aquilo que qualquer autarquia tem a obrigação de fazer. Incluir o saneamento básico e o asfaltamento das estradas na lista de obras camarárias, é como não ter mais com que argumentar. Quais são os jardins-de-infância e as escolas condignas? Estamos a falar das escolas que estão a cair? Saberá Anita o grau de degradação dos estabelecimentos de ensino no concelho? Quantas novas escolas seriam construídas ou reparadas com o dinheiro utilizado para os novos pavilhões desportivos? O que é prioritário: a vida das crianças ou as novas infraestruturas para acolher 3 ou 4 pessoas por mês?!
Em busca de respostas, assina o saudoso «FORCADO AMADOR».
|
Postado por José Peixe @ 15:13 |
|
|
|
|