segunda-feira, outubro 02, 2006 |
(Des)arranjos |
(Des)arranjos
Salvaterra tem sido, como qualquer outro concelho do país, local de arranjos e desarranjos, politicamente falando, claro. Quem diz que o PS local está de rastos está bem enganado. Conta na Câmara com dois vereadores, um sem pelouro, outro a tempo inteiro. O que não tem pelouro passeia-se entre a vila e a assembleia «da nação», segundo o mesmo. O outro, o que já foi de muitas cores políticas, tendo inclusive integrado nas últimas autárquicas a Lista da Anita, mantém o seu poder, bafejando para cima dos seus inferiores as suas ordens sem progresso, sempre atento às piscadelas de olho vindas de cima do palanque. Todavia, este esperto político, mantém a sua fidelidade ao seu PS, ao seu querido PS, reservando para os seus “técnicos-rosinha” as posições-chave, como a gestão das piscinas municipais de Salvaterra. Tudo para manter saciados os socialistas locais. Caciquismo puro e duro, quer queiram quer não. O vereador (da cultura) vai mantendo o seu barco, com muita dificuldade, já que para tais marés não havia sido preparado. De cultura entender-se-á a das batatas, das cenouras, do arroz, já que outra não se vê, promovida pela autarquia. Vão valendo as iniciativas do pessoal da Glória, sempre com garra e coração, seja teatro, seja exposições, seja concertos de música. Mostras de cultura popular não apoiadas nem valorizadas pela Câmara. A Anita sabe que não é muito bem vinda pela Glória.
Arranjos outros se têm visto pelo nosso concelho. Todos sabemos que há algumas pessoas que apoiam incondicionalmente a Anita e que depois, os seus netos, ou filhos, arranjam um lugarzinho na Câmara, num posto muito acima do que as suas qualificações permitem. Os jovens de valor, todos nós sabemos bem, vão-se indo embora, por falta de oportunidades aonde, de outra maneira, as teriam. Falo de necessidades de mão-de-obra especializada que tem o nosso concelho, e nisso está também a autarquia. Não digo que a nossa Câmara não tenha pessoas de valor: tem-nas, e tanto que, sem recursos, vão transformando este triste concelho numa realidade habitável. Pobres funcionários que têm que aturar a intolerância do seu chefe, passar frio e calor, humidades, para não falar de ratos, osgas e afins que transitam livres de toda censura. Aos funcionários da autarquia mando um saudoso abraço, agradecendo o tanto que vão fazendo nessas condições terceiromundistas. Alguém criticou, num post deste blog, o desempenho dos nossos funcionários camarários, referindo-se mais concretamente aos varredores de rua. Bem, estarão certos a respeito de algumas pessoas, que “buerão” as suas cervejolas, mas não podemos tomar uns quantos pelo todo. Mandriões há-os em todas as profissões. Mal seria se todos fossem assim. Outros serão, isso sim, demasiado velhos para essa tarefa. Mas em geral, quero crer, os funcionários da autarquia serão pessoas cumpridoras das tarefas que lhes são determinadas. O pior e verdadeiro problema é, sem dúvida, a pouca margem de manobra que têm os nossos funcionários. A pouca autonomia, já que tudo tem que ser visto e revisto e corrigido ortograficamente (crê-se) por sua alteza real.
"E assim se faz Portugal, uns vão bem e outros mal." |
Postado por Anónimo @ 10:08 |
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1 Comments: |
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Caro colega, já pensou que os nossos queridos funcionários camarários podem ter mais autonomia do que o Sr realmente pensa??? Secalhar não são assim tão coitadinhos, não são escravos da Sra Presidente da Camara. Eu escrevi o que vejo todos os dias. Ande pelo concelho entre as 15 e as 16 e depois fale comigo. Nem sempre o erro vem da presidencia, além de vir muitas vezes. Autonomia não falta a ninguem, acredite... Um abraço Rubi
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Caro colega, já pensou que os nossos queridos funcionários camarários podem ter mais autonomia do que o Sr realmente pensa???
Secalhar não são assim tão coitadinhos, não são escravos da Sra Presidente da Camara.
Eu escrevi o que vejo todos os dias. Ande pelo concelho entre as 15 e as 16 e depois fale comigo. Nem sempre o erro vem da presidencia, além de vir muitas vezes.
Autonomia não falta a ninguem, acredite...
Um abraço
Rubi